Calçados de medo e insegurança, andamos a passos bem curtos nos últimos tempos. Adiamos, forçosamente, nossos planos. Sentimos duras as articulações do corpo, impedidos que estávamos de percorrer os costumeiros caminhos, entregando-nos ao insubstituível carinho de um abraço. Recolhemo-nos, refletimos sobre a fragilidade dos seres humanos, começamos a efetuar plantações no interior, tentando alimentar a alma. Ultrapassamos muros bem altos e percebemos que nossa força sempre dependeu do esforço e da dedicação de cada um. As perdas não ficaram pelos caminhos, já que sentidas ainda estão. E não precisam ser nossas para que nos cubram. Ainda são curtos os nossos passos e presenciamos muitas dores onde quer que estejamos. A fé, a esperança e a bondade divina nos dão alento. Aprendemos a agradecer cada novo dia e todas as frestas que se nos apresentam, sem a necessidade de portas totalmente abertas. O pouco se mostrou imenso.
Na contagem dos dias, vamos finalizar mais um ano. O Natal que se aproxima merece especial comemoração, uma vez que o maior presente já recebemos: estamos vivos.
Durante minha ausência, recebi inúmeras manifestações de carinho. Eu as respondi, mas percebo que algumas dessas respostas não chegaram aos destinatários. Presumo tenha o fato relação com as configurações do blogger . Sou imensamente grata pelo afeto de todos. Além da pandemia, o preocupante estado de saúde de meu irmão deixou todos em minha família ainda mais fragilizados. Graças a Deus, ele tem vencido seus desafios e só depende, por ora, de uma nova cirurgia. Mais uma vez, confiamos em Deus para o ajudar a se recuperar totalmente.
Nessa época tão especial, não poderia deixar de vir aqui para desejar a todos um FELIZ NATAL, vivido em clima de amor e união, no verdadeiro sentido da data. E que o novo ano nos chegue com grande leveza e nos permita voar!
Sintam-se abraçados, carinhosamente!
Marilene